quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O grande exercito dos jovens de Deus

Um Exército em Crise
Gostaria que você imaginasse um exército. Um grande exército às vésperas de uma batalha. O inimigo está acampado bem do outro lado da colina, pronto para atacar, mas o exército de defesa tem um tremendo problema.
A hora do confronto está chegando, mas ao mesmo tempo, muitos soldados começam a desertar. Um a um vão escapando e desaparecendo. Os oficiais chamam seus nomes escritos em seus registros, mas não há resposta.
Com tristeza, balançam a cabeça e riscam cada nome da lista. Novos recrutas são conquistados e mal conseguem cobrir o número dos desertores. Os comandantes decretam medidas duras para evitar a fuga, mas parece que nada consegue resolver o problema.
Enquanto isso, os soldados que permaneceram se mantêm ocupados. E o que eles estão fazendo? Não estão marchando, treinando com suas armas ou fazendo ataques repentinos ao território inimigo. Não! Eles foram convocados para limpar banheiros e cavar buracos o tempo todo.
Muitos deles reclamam: "Esse trabalho é humilhante, desanimador e o pior, não tem nenhum objetivo. Há um inimigo a nossa frente, por que não nos preparamos para lutar contra ele?".
Os novos soldados se unem ao exército ansioso para irem à batalha, mas depois de semanas e meses trabalhando sem sentido, acabam desanimando. Alguns fogem a noite e abandonam as armas dizendo: "Entrei no exército errado!”.
Os comandantes estão preocupados. Sabem que o inimigo está se aproximando e estão perdendo rapidamente cada vez mais de soldados. Como vão lutar com um exército desfalcado e desanimado? Alguns oficiais começam uma campanha para tornar o exército mais atrativo aos seus soldados.
Organizam partidas e jogos no refeitório; passam filmes todas as noites e organizam eventos esportivos. Os soldados gostam da recreação, mas o número de desertores aumenta cada vez mais.
Algum tempo depois, quando perguntam aos desertores porque abandonaram as fileiras, alguns dizem: "A recreação era boa, mas eu posso ir às festas e praticar esportes nas cidades vizinhas, e não tenho que me preocupar em usar uma farda ou comer a comida do exército. Por que estar no exército para me divertir?”.

Quando os oficiais se reúnem para discutir como lidar com a crise, ficam desanimados. As estatísticas mostram que o número de desertores continua crescendo, e o de recrutas continua baixo e estão desanimados.
O pior é que atrás das colinas, eles podem ouvir o rufar distante dos tambores e o som agudo das trombetas. O inimigo está a caminho.


Nossa Realidade?
No início do século 21, precisamos responder: “este é o exército da juventude adventista do sétimo dia?”.
Há mais de um século, Ellen White, a mensageira do Senhor, escreveu as palavras que têm sido o grito de conclamação para a obra da juventude: “Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!”.
Nestas palavras extraídas do livro Educação, está clara a missão do jovem adventista do sétimo dia. Nossa tarefa tem sido preparar a juventude e enviá-la para partilhar a mensagem de salvação.
Temos um grande exército, com um grande potencial, muito maior do que Ellen White podia imaginar quando escreveu essas palavras.
A realidade de hoje, porém, é que o inimigo está fazendo ataques diários em nosso território, pronto para deflagrar uma terrível carnificina contra nós. Onde está nosso exército? O que os soldados estão fazendo? O que vemos são muitos descontentes, procurando algo mais.
Dedicamos nossos esforços para mantê-los no acampamento, procurando entretê-los, mas isso não parece baixar o número de desertores.
Esse quadro mental de um exército preparando-se para a batalha deve desafiar você. Como um exército vitorioso prepara-se para a luta? Seus soldados são treinados! Eles sabem qual é o alvo a ser alcançado! Estão prontos para enfrentar o inimigo!
E não fogem porque estão entediados, porque sentem que o exército é irrelevante ou porque seus esforços não são valorizados. Sabem que fazem parte de um grupo que trabalhará unido, até que a vitória seja alcançada!
O Exemplo dos Pioneiros
Quando consideramos a história do movimento jovem adventista, vemos que nossos jovens pioneiros começaram com uma clara visão da batalha que estavam lutando. Tiago e Ellen White, John Andrews, Annie e Uriah Smith começaram no início da juventude e levaram o evangelho ao mundo.
Ninguém estava por perto para reprovar ou preocupar-se com a juventude. A juventude era a igreja! Os jovens eram soldados que lutavam na linha da frente, ocupados lutando cara a cara com o inimigo.
Alguns anos mais tarde, pioneiros como Luther Warren e Harry Fenner, quatorze e dezessete anos de idade, viram que a liderança da igreja estava envelhecendo e que os jovens cresciam sem ter um claro senso da obra que deveriam realizar.
Por isso eles formaram um grupo que se transformou na primeira Sociedade de Jovens Adventistas. Ninguém lhes disse que eram jovens demais para terem grandes sonhos, grandes planos e grandes alvos.
A visão e liderança deles atraíram nossos jovens para este exército que está acampado ao nosso redor hoje.


O Desafio de Hoje
Nosso desafio de hoje é revestir-nos do espírito de luta que tem inspirado alguns de nossos jovens e contagiar todo o exército com ele.
Como uma pequena chama que, em contato com a palha seca, provoca um grande incêndio, nós queremos ver esta geração de jovens em chamas para Jesus, pronta para concluir Sua obra.
Como faremos isso? Em torno de dois alvos simples: Salvação e Serviço. Mais do que enfatizar como podemos manter a juventude na igreja, como vamos entretê-los, ou como vamos mantê-los longe de problemas, vamos focalizar sua salvação.
Queremos vê-los experimentando um relacionamento de salvação com Jesus Cristo. Vamos, também, prepará-los para o serviço dentro da realidade em que vivem, de modo que possam se engajar na batalha, assim que se unirem ao exército.
Em termos práticos, o que isso significa?

- Devemos transformar os jovens em discípulos, conduzindo-os a um relacionamento com Jesus que dure a vida toda. Que vá além de uma semana de oração ou um congresso, mas que alcance todos os momentos e etapas da vida.
- Precisamos lidar com os desafios de uma sociedade relativista, que foge de verdades absolutas.
- Temos que planejar abordagens novas e criativas. Os métodos que trouxeram alguns para a igreja há vinte anos podem não funcionar mais hoje. É tempo de ouvir os jovens e deixá-los conduzir nosso movimento.
- Precisamos explorar a tecnologia para alcançar nossos jovens. Eles estão crescendo diante da tela de um computador. Se não os alcançarmos através dessas telas, perderemos a chance de comunicação com muitos deles.
- Devemos encontrar novos caminhos para transmitir os valores e estilo de vida de nossa igreja aos jovens, de modo que lhes pareçam significativos. Para isso, precisamos produzir materiais para ajudá-los a compreender nossos valores e aceitá-los como seus.
- Precisamos tornar acessíveis e significativas, às novas gerações, as poderosas mensagens que foram dadas à igreja, através do ministério profético de Ellen G. White.
- Devemos dar ao evangelismo o primeiro lugar em cada nível do ministério jovem. Esta é a nossa missão!
Precisamos Salvar Nossos Jovens
Se quisermos ver nossa herança adventista do sétimo dia, nossos valores, nosso sonho de levar ao mundo a mensagem do Salvador em nossa geração, nós precisamos agir.
Precisamos focalizar nossa liderança e concentrar nossos esforços em nutrir espiritualmente e amar nossa geração de jovens!
No tempo de Moisés, o povo de Deus enfrentou um inimigo - o poderoso Faraó do Egito e o seu exército invencível. Porém, Moisés foi à presença de Faraó e transmitiu a mensagem de Deus para libertar Israel.
E então Faraó perguntou: "Mas quem irá?" A resposta foi clara: "Havemos de ir com nossos jovens, e com os nossos velhos, com os nossos filhos e com as nossas filhas”.(Êxo. 10:8, 9).
Vamos nos dedicar totalmente a levar conosco nossos filhos e filhas para a terra prometida? Vamos deixar que eles marchem na vanguarda do nosso exército? O desejo de Deus é que nenhum de nossos preciosos filhos seja deixado para trás no Egito, terra de escravidão.
Ele quer todos nós - jovens e velhos, filhos e filhas - marchando contra o inimigo, saindo da terra da servidão, marchando rumo à Terra da Promessa.
Você deseja assumir o compromisso de se dedicar à salvação de nossos jovens, treinando-os e capacitando-os para o serviço? Quer trabalhar pela preparação do exército jovem de Deus para a batalha final?

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